ele não era uma boa companhia hoje.
tem dias que o lado liso do edredon tem que ficar pra cima com uma força bem maior.
ele hoje era a estampa colorida e bem estampadinha.
in-su-u-u-u-u-u-por-tá-vel.
nunca dava pra saber quando ele ia estampar a cara na minha, bem estampadinha & insuportável. ele insuportado orgulhoso e tripudiante estampando minha cara com uma feição de insuportante in-su-u-por-tá-vel. até que de tanto olhar pro floral de impaciência da minha sempre tão própria cara, me deito pra dormir com o edredon virado com o lado li-so pra cima simplesmente insuportando.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
quarta-feira, 12 de maio de 2010
minhas quedeminhasnadatêm -quase- crianças IV
(digo quase porque o lúdico infantil mora na retrogricidade* do cérebro, não no documento)
a primeira do lado de dentro, respirando o ar do meu redor. não me encantou pela beleza do brilho do olhar, tímido por detrás das disformes pálpebras, nem por qualquer clichê conquistador e nem comunicou-se comigo de qualquer maneira. eu é que me comuniquei com ela.
meio quasímoda, impaciente e sozinha pelo corredor, mas e cadê a rodoviária? não vamos? vamos, sim, já estamos chegando...hum, tá.
acomodada novamente no assento que já contava eu ser o terceiro ou o quarto a ocupar a inquieta, cantarolou um nhénhénhé qualquer que me tirou irritada - como tudo que me interrompe a leitura - do meu livro. mordi o rabo ao som do nhénhénhé até me dar por conta de quem nhénhénhéava e por ser ela desirritei, beijei o rabo, fechei o livro.
dancei o nhénhénhé até que a vinte de setembro transformou-se numa montanha-russa escorregadia de chuvisco do meio do outono.
uhuuuuullll!! na esquina em que os que sentem um friozinho na barriga desaproveitam-no em silêncio.
permaneci muda, jurando honrar com um uhuuuull! aquele pedacinho de asfalto divertido na próxima vez.
* retrogricidade vai pro meu coração, bem do ladinho de relapsidão, no topo do rol das palavras que deveriam existir pra todo mundo e não só pra mim.
(digo quase porque o lúdico infantil mora na retrogricidade* do cérebro, não no documento)
a primeira do lado de dentro, respirando o ar do meu redor. não me encantou pela beleza do brilho do olhar, tímido por detrás das disformes pálpebras, nem por qualquer clichê conquistador e nem comunicou-se comigo de qualquer maneira. eu é que me comuniquei com ela.
meio quasímoda, impaciente e sozinha pelo corredor, mas e cadê a rodoviária? não vamos? vamos, sim, já estamos chegando...hum, tá.
acomodada novamente no assento que já contava eu ser o terceiro ou o quarto a ocupar a inquieta, cantarolou um nhénhénhé qualquer que me tirou irritada - como tudo que me interrompe a leitura - do meu livro. mordi o rabo ao som do nhénhénhé até me dar por conta de quem nhénhénhéava e por ser ela desirritei, beijei o rabo, fechei o livro.
dancei o nhénhénhé até que a vinte de setembro transformou-se numa montanha-russa escorregadia de chuvisco do meio do outono.
uhuuuuullll!! na esquina em que os que sentem um friozinho na barriga desaproveitam-no em silêncio.
permaneci muda, jurando honrar com um uhuuuull! aquele pedacinho de asfalto divertido na próxima vez.
* retrogricidade vai pro meu coração, bem do ladinho de relapsidão, no topo do rol das palavras que deveriam existir pra todo mundo e não só pra mim.
terça-feira, 11 de maio de 2010
(e ele disse "seja")
quanto mais imperativo - seja! -, mais inoperante - que eu não sou...
seja o que eu não sou quando quero mas não consigo ser, e quando consigo, mas tenho preguiça de sê-lo. seja o que eu sempre fui pra que eu não seja sozinho: ou seja, seja comigo. seja pra mim? seja pra nós, por nós. seja até que ser perca o sentido já que eu não preciso do teu sentido pra ser... e, quando precisar, seja meu sentido sem deixar de ser o teu, pra que tenha sentido ser preciso.
seja o que for sem nunca ser por ser. que seje...
quanto mais imperativo - seja! -, mais inoperante - que eu não sou...
seja o que eu não sou quando quero mas não consigo ser, e quando consigo, mas tenho preguiça de sê-lo. seja o que eu sempre fui pra que eu não seja sozinho: ou seja, seja comigo. seja pra mim? seja pra nós, por nós. seja até que ser perca o sentido já que eu não preciso do teu sentido pra ser... e, quando precisar, seja meu sentido sem deixar de ser o teu, pra que tenha sentido ser preciso.
seja o que for sem nunca ser por ser. que seje...
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