quarta-feira, 12 de maio de 2010

minhas quedeminhasnadatêm -quase- crianças IV
(digo quase porque o lúdico infantil mora na retrogricidade* do cérebro, não no documento)


a primeira do lado de dentro, respirando o ar do meu redor. não me encantou pela beleza do brilho do olhar, tímido por detrás das disformes pálpebras, nem por qualquer clichê conquistador e nem comunicou-se comigo de qualquer maneira. eu é que me comuniquei com ela.


meio quasímoda, impaciente e sozinha pelo corredor, mas e cadê a rodoviária? não vamos? vamos, sim, já estamos chegando...hum, tá.

acomodada novamente no assento que já contava eu ser o terceiro ou o quarto a ocupar a inquieta, cantarolou um nhénhénhé qualquer que me tirou irritada - como tudo que me interrompe a leitura - do meu livro. mordi o rabo ao som do nhénhénhé até me dar por conta de quem nhénhénhéava e por ser ela desirritei, beijei o rabo, fechei o livro.
dancei o nhénhénhé até que a vinte de setembro transformou-se numa montanha-russa escorregadia de chuvisco do meio do outono.

uhuuuuullll!! na esquina em que os que sentem um friozinho na barriga desaproveitam-no em silêncio.


permaneci muda, jurando honrar com um uhuuuull! aquele pedacinho de asfalto divertido na próxima vez.


* retrogricidade vai pro meu coração, bem do ladinho de relapsidão, no topo do rol das palavras que deveriam existir pra todo mundo e não só pra mim.

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